Lá se foi a metade do BRão... e a campanha do Inter está sendo uma surpresa extremamente agradável!
No início, creio que, por conta da campanha cheia de altos e baixos no purgatório do futebol brasileiro e da eliminação precoce na Novelleto’s Cup, uma boa parte da torcida já estaria satisfeita com uma figuração sem maiores sobressaltos no restante do ano. Alguns torcedores mais esperançosos ainda sonhavam em não ter que observar apenas equipes rivais disputando a Libertadores pelo 4º ano consecutivo. Uns poucos lunáticos talvez pudessem ter delírios, decorrentes de um otimismo incurável, sobre disputar o caneco... e, vejam só, são justamente estes que estão corretos até o momento!
A equipe conseguiu se afastar em média um ponto por rodada da zona de degola e está próxima da pontuação obtida no fatídico ano de 2016 tendo jogado 19 partidas a menos. Tudo indica que nossos piores temores foram meramente ilusórios. Além disso, a melhor campanha colorada já realizada num primeiro turno na era dos pontos corridos deixa o Inter em excelentes condições de brigar por uma vaga na fase de grupos da próxima Libertadores. Por exemplo, 66 pontos correspondem a um aproveitamento que, desde 2003, foi superado apenas uma vez pela linha de corte do G4. Estaríamos falando um aproveitamento no returno inferior a 50%, e, além disso, não foram poucas as vezes em bastaram 62 para se chegar em 4º lugar no campeonato.
E o Tetra? Aí já complica bastante. Há um Guaíba inteiro pra passar por baixo da ponte, mas é claro que estamos no páreo. Para manter a motivação e o foco, seria muito importante impedir que algum adversário desgarrasse na liderança no próximo 1/4 de campeonato.
Particularmente o São Paulo que já está 3 pontos à frente e possui uma sequência de 9 jogos à primeira vista bem mais tranquila (ver tabela abaixo), e principalmente porque há um confronto direto entre as duas equipes no jogo seguinte que tem tudo para ser decisivo em termos das ambições de ambas no restante do ano.
Em algumas destas 10 partidas, imagino que o Colorado precisará propor mais o jogo do que se acostumou no 1º turno (especialmente contra Palmeiras, Flamengo e São Paulo) a fim de manter o título na sua mira. Talvez em alguns momentos haja urgência de maior capacidade de armação do que o usual ou de alterar a velocidade do "xogo" - encontrar formações e esquemas alternativos que consigam surpreender os adversários no decorrer das partidas é de suma importância -, e ainda cultivo de esperança de que algum jogador da base possa sair da suplência para ser protagonista nestas situações.
Com o atual aproveitamento, o Inter colocaria a taça no armário em 7, talvez 8 (dependendo dos critérios de desempate) destes últimos 15 certames. Observem que mesmo mantendo tudo aprumado como está, ainda será preciso contar com a sorte. No entanto uma coisa é definitiva, pra este o sonho (que antes não passava de delírio) de voltar a ser campeão nacional neste ano resistir, os profissionais do Inter vão precisar de um empenho e uma eficiência ainda maior do que estão apresentando (e fico muito feliz em ler na imprensa que o nosso treinero tem plena ciência disso) e vão precisar do respaldo total da torcida dentro do estádio. Chegou o momento do “apoio incondicional” (e observe bem, isto foi escrito por um corneteiro convicto), chegou a hora do Beira-Rio voltar a rugir! Dá-lhe Inter!
Cabelo.
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